“Dentro desse ambiente de consumo mais retraído, o consumidor paraense está na mesma situação que a maioria dos consumidores brasileiros, ou seja, muito endividado e com dificuldade especialmente de comprar bens duráveis, os “bens do desejo”, como os eletrodomésticos. Sempre que acontece isso, os supermercados abocanham uma fatia maior, porque o consumidor prioriza as compras do lar. Tanto é que estimamos um crescimento de 10% nas vendas dos supermercados no Pará neste início de ano. Já quem perde é o que chamo de “ramo duro”, as lojas especializadas nesses itens, no modelo Casa Bahia. Essas têm de apostar nas facilidades de pagamento para conseguir vender mais. Mas o poder de ganho, a renda do consumidor não aumentou nos últimos anos, pelo contrário, ele aumentou suas dívidas tentando comprar bens de desejo como celular, computador, etc. Com isso, teve de usar sua poupança ou fazer dívidas, daí a situação atual. No caso do Pará e de todo o Norte e Nordeste, nos preocupa principalmente a situação das prefeituras, que são os maiores empregadores, porque muitas estão com problemas financeiros.”
* Vice-presidente da Associação Brasileira de Supermercados (Abras)
* Vice-presidente da Associação Brasileira de Supermercados (Abras)
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